Pensando as Artes Plasticas em 3 perguntas

Fui arguido em meu facebook para uma monografia.. as peguntas sucitaram intelecções as quais acredito que sejam validas de serem divididas:

 

    • Você poderia dar uma entrevista para minha monografia? Eu estudo Jornalismo e estou falando sobre o discurso da mídia sobre as artes visuais.
      Se puder responder essas perguntas aqui vai ajudar bastante.
      1- O que mais ajuda na hora de divulgar o seu trabalho: redes sociais ou imprensa? Por que?
      Obrigado!

  • Wellington Rodrigues Costa

    • sepia Na atualidade as redes sociais e a imprensa estão únicas, se repararmos algo que é de interesse ou interessante (de um individuo ou grupo) que esta presente em um Jornal é repercutido dentro de redes sociais. Uma boa divulgação amalgama um enfoque entre as redes sociais e a imprensa. Mas cada meio tem suas vantagens e desvantagens: a) Redes sociais: são funcionais se quem vai divulgar um trabalho tenha contatos qualificados, ou seja: potenciais clientes para o produto a ser divulgado; tal só ocorre se os contatos das redes sociais forem construídos com objetivos absolutamente comerciais, havendo uma captação somente de potencias clientes para o produto divulgado, sem isso a divulgação embora alcance um volume expressivo de indivíduos, não obtém os resultados esperados. b) a imprensa é mais focada no no publico objeto da divulgação, pois o setor especifico do publico consumidor de arte e produtos culturais consome determinadas revistas, setores dos jornais; mas a concorrência por espaço de divulgação gratuita é enorme, assim como o custo associado por matérias pagas ou anúncios pagos, maior ainda, o que torna proibitivo ou difícil a obtenção de espaço.

  • 2- Acha a cobertura da midia suficiente? Por que? No que ela peca?

  • Wellington Rodrigues Costa

    • Sim a cobertura da mídia é suficiente dentro do que ela se propõem a fazer e a dimensão que possui.... No setor das artes plasticas e visuais o crescimento exponencial das pessoas que alegam ser artistas plásticos, não foi acompanhado pelo crescimento das mídias, ou seja: há muitos mais artistas procurando divulgação gratuita de seus trabalhos que espaços para a divulgação,o que torna concorrência acirrada por divulgação gratuita, sendo que os mais famosos e realmente inovadores, assim como aqueles que detenham uma acessória de imprensa bem articulada obtenham maior visibilidade sem terem que pagar por anúncios. Aqui e ali vejo muitos preteridos ao desejarem divulgação gratuitas das mídias, se revoltarem contra elas, dizendo que não são democráticas na escolha de quem vão divulgar, tais esquecem que uma divulgação mesmo gratuita envolve custos como a contratação de jornalistas, equipes de filmagem, editores, papel e impressão(no caso dos jornais e revistas), ou seja o que é um aparente divulgação gratuita dentro das mídias tradicionais é extremamente oneroso e mesmo dentro das mídias digitas (jornais virtuais) há o custo de edição e postagem do material e horas de trabalho de quem edita... sendo tal não um ero real das mídias mas uma questão de custos nos quais não há quem pague pelo aspectos de democratização desejados. O erro maior das mídias é que pelo volume de fornecedores de informações (Press Releases) a investigação do meio artístico não corre em profundidade e novas tendencias, aspectos inovadores que não detenham um bom divulgador ou criem factoides que os torne diferenciados perante a massa de ações tão iguais assam sem serem percebidos ou notados e evoluem dentro de seus nichos sme qualquer cobertura divulgacional inicial... ou seja as mídias são hoje quase repositórios de reproduções de Press Releases ( comunicados de imprensa, não sendo mais investigativa no que tange as artes e a cultura).

    • 3- Como vê a situação das artes visuais hoje?

  • Wellington Rodrigues Costa

    • As artes vão bem.. há muitos artistas criando, vendendo, sobrevivendo, outros passando necessidades.. ou seja: seguem como sempre seguiram... mas há um diferencial houve, uma glamorização do fato de ser artistas e tal faz com que muitos objetivem tal fazer sem que ocorresse um ampliação do mercado consumidos, sem uma ampliação volumétrica dos espaços expositivos na mesma proporção. Há também a facilidade dos meios eletrônicos possibilitando que cada individuo "faça arte" usando um ou dos programinhas sem nada terem estudado ou entenderem de arte e sua evolução histórica... Tal fator cria uma competição na qual podemos detectar os verdadeiro artistas ( indivíduos que estudam , aprofundam seus conhecimentos tanto técnicos como os formais dentro das artes) dos curiosos que consideram que ser artista se resume do ato de criar algo bonitinho e palatável... tal aspecto faz que a arte que detenha uma base ou um conceito formal e intelectual que a sustente ser sempre mais valorizada diante de conceitos arcaicos como "Arte pela arte"... sendo que neste rebote temos os aproveitadores e os piratas , os quais roubam sistematicamente a criação de artistas famosos , empregando pastiches ou o mero roubo direto , assinam em baixo a obra, a imprimem em meios digitais e alegam serem artistas e vendem em baciada a preços baixo obras sem real valor de mercado... No mais, no ambiente de criação mais serio a cada dia surgem novas técnicas, novas ferramentes criativas a serem exploradas pelos verdadeiros artistas... lastimavelmente quantidade de espaços para a exposições, a quantidade de mídia não esta acompanhando o crescimento dos verdadeiros artistas e tal faz com que haja uma competição mais acirrada... Sendo que o maior defeito dos artistas plastico e não terem feito o mesmo que os demais artistas fizeram e fazem em massa (Atores, dançarinos, etc) que é usar as verbas das leis incentivo e propostas de fomento para as artes plasticas , há varias concorrências onde por desconhecimento há mais vagas que inscritos, demonstrando que a maioria dos artistas não esta ainda plenamente antenado quanto as verbas que existem para auxiliarem na elaboração de sua produção ou exposição de suas obras.

Um comentário:

Art Now disse...

Oi Wellington, seu artigo está muito bom, mas sobre as "verbas para artistas" realmente ainda continua sendo um mistério e um verdadeiro labirinto para quem se inscreve. Já peguei ficha de inscrição da Funarte e desisti. Expus pela Funarte na decada de 80. Era no MNBA. Entrei me apresentei preenchi uma ficha, fotos de alguns trabalhos e pronto fui selecionada. Hoje em dia o artista passa por uma maratona, gasta o que não tem e não é selecionado.